Espiritualidade e medicina: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.47224/revistamaster.v9i18.469Palavras-chave:
: Espiritualidade; Religiosidade; Tratamento de doenças; Medicina; Qualidade de vida.Resumo
Introdução: A espiritualidade tem sido reconhecida como uma dimensão essencial na saúde, influenciandopositivamente o bem-estar físico, emocional e social dos pacientes. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura para analisar a relação entre espiritualidade e saúde, destacando sua importância na prática médica, qualidade de vida e tratamento de doenças. Metodologia: Foi conduzida uma revisão narrativa de literatura com análise de 15 artigos científicos publicados entre 2014 e 2023. Os estudos foram selecionados em bases de dados como Scielo, PubMed, utilizando palavras-chave como "espiritualidade", "qualidade de vida", "cuidados paliativos", "religiosidade" e "saúde". Os critérios de inclusão consideraram artigos que abordavam diretamente a relação entre espiritualidade e saúde.
Resultados:Os estudos revisados revelaram uma ampla diversidade metodológica, incluindo pesquisas qualitativas, quantitativas e revisões sistemáticas. Evidenciou-se que a espiritualidade está associada a benefícios como melhor adesão a tratamentos, maior resiliência e redução de marcadores inflamatórios, como a PCR. No contexto dos cuidados paliativos, a espiritualidade auxilia na aceitação da morte e no enfrentamento de doenças graves. Práticas como yoga e meditação também foram destacadas como adjuvantes eficazes no manejo de condições como hipertensão e transtornos psiquiátricos. Conclusão: A revisão reafirma a importância da espiritualidade na prática médica, contribuindo para um cuidado mais humanizado e integral. É essencial que a espiritualidade seja incorporada de maneira sistemática nos currículos de cursos de saúde e nas práticas clínicas, fortalecendo a relação médicopaciente e promovendo melhores desfechos em saúde.
Palavras-chave: Espiritualidade; Religiosidade; Tratamento de doenças; Medicina; Qualidade de vida.
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