Território em risco: discussão acerca dos impactos da implantação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em Angra dos Reis – RJ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47224/rm.v5i10.175

Palavras-chave:

Território em Risco. Energia Nuclear. Planos de Emergências.

Resumo

A experiência brasileira na busca pela geração de energia nuclear só tem início na década de 1970, época em que os militares ocupavam o governo. O país transitava pelo “Milagre Brasileiro” que colocou em xeque a matriz energética brasileira quanto à sua capacidade de geração de energia elétrica para suprir os níveis crescentes de demanda. O mundo vivia a Guerra Fria, e vários países investiram pesadamente em segurança nacional. Neste cenário tem origem o efetivo Programa Nuclear Brasileiro, em 1972, através da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), Angra dos Reis / RJ, sempre marcado pela dúvida se objetivava fins pacíficos ou bélicos, pela discussão quanto aos riscos que trouxe ao território do entorno da CNAAA e quanto aos planos de emergência no sentido de proteger as pessoas e o meio ambiente, frente a possíveis desastres nucleares. A geração termonuclear de energia deve preparar respostas a eventuais situações de emergência, pois mesmo sendo de baixa probabilidade de ocorrência, quando acontecem, apresentam impacto catastrófico para as populações e regiões do seu entorno. Este artigo, através de revisão de literatura, analisa a dinâmica do PNB, seu caráter científico e ideológico, sua evolução no tempo, seus riscos e seus planos de emergência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Paulo Roberto. Os anos 1980: da nova Guerra Fria ao fim da bipolaridade. Brasília: Paralelo 15, 1997.
ANDRADE, Ana Maria Ribeiro de. Conflitos políticos no caminho da autonomia nuclear brasileira. Apresentado na Associação Nacional de História – ANPUH XXIV Simpósio Nacional de História, 2007.
ANEEL. Matriz de Energia Elétrica – Agosto de 2010. Agência Nacional de Energia Elétrica, 2010. Disponível em: http://www.aneel.gov.br. Acesso em: 25 de outubro de 2020.
BATISTA, H. G. De Angra ao Nordeste, a volta das usinas nucleares. Jornal O Globo, 1 de novembro, pp. 35. 2009. Disponível em: https://www.ipen.br/sitio/?idc=5959. Acesso em: 25 de outubro de 2020.
BRASIL, Câmara dos Deputados – Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Relatório do Grupo de Trabalho Fiscalização e Segurança Nuclear, p. 16, 2013.
CABRAL, Anya Dantas. História das usinas nucleoelétricas no Brasil. Revista eletrônica de energia. Universidade Salvador, v. 1, n.1, p. 58-71, 2011.
CABRAL, Anya Dantas. Rumo a uma nova percepção dos riscos nucleares no Brasil: questões estratégicas e implicações políticas. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Artes, Humanidades e Letras.Cruz das Almas, BA, 2012.
CARVALHO, J. F. de. O espaço da energia nuclear no Brasil. Estudos Avançados, 26(74), p. 293-308, 2012. Recuperado de http://www.periodicos.usp.br/eav/article/view/10640. Acesso em: 22 de outubro de 2020.
DANTAS, Vinicius Antunes. Proposta de avaliação para sítios nucleares através da análise geoespacial de critérios de transporte. Dissertação (Mestrado). Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2011.
FGV ENERGIA. Boletim de Conjuntura do Setor Energético: Porque falar sobre energia nuclear no Brasil? Fevereiro/2019. Disponível em: https://fgvenergia.fgv.br. Acesso em 22 de outubro de 2020.
FROELICH, Gilval Mosca. As matrizes ideológicas do II PND (1975-1979). PESQUISA & DEBATE. São Paulo: USP, volume 18, número 1 (31) pp. 1-26, 2007.
GUIMARÃES, L. S. Análise da segurança de Sítios Nucleares. 1 ed. Rio de Janeiro: Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), 2010.
IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, p. 221, 2000.
MACHADO, João Victor. Política Energética do II Plano Nacional de Desenvolvimento: teoria, resultados e reflexões. REOESTE: Rev. Econ. do Centro-Oeste. Goiânia, v.4, n.2, pp. 39-56, 2018.
OLIVEIRA, Isabel C. Veloso: A usina nuclear de Angra I e seu plano confidencial de evacuação urbana. Revista VITAS – Visões Transdisciplinares sobre Ambiente e Sociedade. Nº 3, junho de 2012.
OLIVEIRA, Ricardo Santos de. Acidentes Nucleares: estratégia de defesa. Rio de Janeiro: ESG, 2011.
RIBEIRO, José Rafael. Meio Ambiente, Desenvolvimento e Democracia: SAPE, a difícil trajetória do movimento ambientalista em Angra dos Reis. Dissertação de Geografia Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2007.
SANTOS, Milton. A região concentrada e os circuitos produtivos. Texto apresentado como parte do relatório de pesquisa do projeto O Centro Nacional: Crise Mundial e Redefinição da Região Polarizada, 1986 (datilografado).
SEVALHO, Maria Clara Valverde. O plano de emergência da Central Nuclear de Angra dos Reis-RJ: avaliação sobre os riscos para o turismo no distrito de Mambucaba. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Turismo. Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2018.

Downloads

Publicado

2020-12-01

Como Citar

OLIVEIRA, C. A. de; GIACOMO, L. Território em risco: discussão acerca dos impactos da implantação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em Angra dos Reis – RJ. Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão, [S. l.], v. 5, n. 10, p. 63–75, 2020. DOI: 10.47224/rm.v5i10.175. Disponível em: https://revistamaster.emnuvens.com.br/RM/article/view/175. Acesso em: 9 nov. 2024.