Piora dos sintomas de enxaqueca em estudantes que utilizam métodos contraceptivos na instituição de ensino IMEPAC - ARAGUARI
DOI:
https://doi.org/10.47224/revistamaster.v9i18.537Palavras-chave:
anticoncepcionais, cefaleias, enxaquecas, portuguêsResumo
A enxaqueca é uma doença neurovascular caracterizada por sintomas de cefaleia intensa unilateral com fonofobia e fotofobia afetando cerca de 15,8% das pessoas no Brasil onde em sua maioria são mulheres. O uso de anticoncepcionais orais combinados pode aumentar o risco de AVC e gera-se risco de aumentar as crises de enxaqueca. Como hipótese estuda-se o uso de métodos contraceptivos orais combinados pioram os sintomas de enxaqueca em maior frequência e intensidade quando comparados às pessoas que utilizam outros métodos contraceptivos ou não utilizam. Nos resultados e discussão podemos perceber que o uso de AOC não tem forte relação com o surgimento de cefaleia, mas que os sintomas da mesma podem ser piorados com o uso de AOC percebendo uma correlação entre os dados principalmente na população jovem e que demonstra alta taxa de transtornos de saúde mental em conjunto, mas vale ressaltar que os dados não encontraram validade estatística. Pode-se concluir a importância de futuras pesquisas sobre o tema para ampliar os dados sobre para a população geral e a importância do tratamento e uso de anticoncepcionais de acordo com a individualidade de cada paciente.
Downloads
Referências
BORDINI, CA et al.. Recomendações para o tratamento das crises de enxaqueca - um consenso brasileiro. Arquivos de Neuro-Psiquiatria , v. 74, n. 3, pág. 262–271, mar. 2016.
BRASIL. Ministério Da Saúde. Secretaria De Políticas De Saúde. Área Técnica De Saúde Da Mulher. Assistência Em Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4. Ed. Brasília, 2002.
BURCH, R. C., BUSE, D. C., & LIPTON, R. B. (2019). Migraine: Epidemiology, burden, and comorbidity. Neurologic Clinics, 37(4), 631–649
BUSE DC, SILBERSTEIN SD, MANACK AN, PAPAPETROPOULOS S, LIPTON RB. Psychiatric comorbidities of episodic and chronic migraine. 2013 *J Neurol, 260*(8), 1960-1969.
DRAGOMAN, M. V., TEPPER, N. K., Fu, R., CURTIS, K. M., CHOU, R., GAFFIELD, M. E., ... & MODY, S. K. (2020). A systematic review and meta-analysis of venous thrombosis risk among users of combined oral contraception. International Journal of Gynecology & Obstetrics, 148(1), 3-14.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Tratado de ginecologia. Rio de Janeiro: Revinter; 2018.
IHS. Comitê de Classificação de Cefaleias da International Headache Society. Classificação Internacional das Cefaleias, 3ª edição. Cefalalgia. 2018;38(1):1-211. https://doi.org/10.1177/0333102417738202
GALDINO, G. S.; ALBUQUERQUE, T. I. P. E.; MEDEIROS, J. L. A. DE. Cefaléias primárias: abordagem diagnóstica por médicos não-neurologistas. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 65, n. 3a, p. 681–684, set. 2007.
GIGLIO, MRP et al. Contracepção Hormonal segundo a Ótica do Estudante de Medicina: Mais um Desafio para o Ensino Médico Brasileiro?. Revista Brasileira de Educação Médica , v. 39, n. 4, pág. 502-506, fora. 2015.
HAKAMÄKI, H.; JEHKONEN, M.. Achados neuropsicológicos na enxaqueca: uma revisão sistemática. Dementia & Neuropsychologia , v. 16, n. 4, pág. 433–443, fora. 2022.
HARDY EE, MORAES TM, FAÚNDES A, VERA S, PINOTTI JA. Adequação do uso de pílula anticoncepcional entre mulheres unidas. Rev de Saúde Pública. 1991;25:96-102
LIPTON, R. B., BIGAL, M. E., DIAMOND, M., FREITAG, F., REED, M. L., & STEWART, W. F. (2015). Migraine prevalence, disease burden, and the need for preventive therapy. Neurology, 68(5), 343–349.
MACGREGOR, E. A., HACKSHAW, A., & COHENA, H. (2015). Migraine and headaches: an adverse reaction to hormonal contraceptives. Headache: The Journal of Head and Face Pain, 55(3), 388-401.
MACGREGOR, E. A., FRITH, A., & ELLIS, J. (2017). Prevention of migraine in the pill-free interval of combined oral contraceptives: a double-blind, placebo-controlled pilot study using natural oestrogen supplements. Journal of Family Planning and Reproductive Health Care, 43(4), 349-353.
MINEN, M. T., BEGASSE DE DHAEM, O., KROON Van Diest, A., POWERS, S., SCHWEDT, T. J., & LIPTON, R. (2016). Migraine and its psychiatric comorbidities. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 87(7), 741–749.
MINEN MT, DE Dhaem OB, VAN DIEST AK, POWERS SW. SCHWEDT TJ. Lifting the Burden of Migraine in Women. 2016 *Headache, 56*(10), 1-14.
SBCe - Sociedade Brasileira de Cefaléia (Brazilian Headache Society), filiada à International Headache Society. Guarujá 17-18 de março de 2000. Aceite: 21-março-2000.
SHOUPE, D. (2019). Contraception. In Berek & Novak's Gynecology (pp. 245-258). Lippincott Williams & Wilkins.
SILBERSTEIN, S. D., HOLLAND, S., FREITAG, F., DODICK, D. W., ARGOFF, C., ASHMAN, E., ... & SCHER, A. I. (2019). Evidence-based guideline update: Pharmacologic treatment for episodic migraine prevention in adults: Report of the quality standards subcommittee of the American academy of neurology and the American headache society. Neurology, 88(17), 1–9.
SPECIALI, José Geraldo et al. PROTOCOLO NACIONAL PARA DIAGNÓSTICO E
MANEJO DAS CEFALEIAS NAS UNIDADES DE URGÊNCIA DO BRASIL - 2018. Academia Brasileira de Neurologia : Departamento Científico de Cefaleia Sociedade Brasileira de Cefaleia, Brasil, 2018. Disponível em: https://sbcefaleia.com.br/images/file%205.pdf. Acesso em: 1 jul. 2023.
STECKERT, A. P. P.; NUNES, S. F.; ALANO, G. M. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS ORAIS: UTILIZAÇÃO E FATORES DE RISCO EM UNIVERSITÁRIAS. Arquivos Catarinenses de Medicina, [S. l.], v. 45, n. 1, p. 78–92, 2016. Disponível em: https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/64. Acesso em: 2 jul. 2023.
TODD, C., Lagman-Bartolome, AM & LAY, C. Mulheres e enxaqueca: o papel dos hormônios. Curr Neurol Neurosci Rep 18 , 42 (2018).
VETVIK KG, MACGREGOR EA.. Sex differences in the epidemiology, clinical features, and pathophysiology of migraine. 2017. *Lancet Neurol, 16*(1), 76-87.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) A licença desses direitos autorais abrange o direito exclusivo da Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão para reproduzir, publicar e distribuir o artigo,
nacional e internacionalmente, incluindo reimpressões, traduções, reproduções fotográficas, microformas, formulários eletrônicos (offline, on-line) ou qualquer outra reprodução de natureza similar.
b) O (s) autor (es) aprovam que o manuscrito não pode ser retirado ou reenviado para qualquer outro Jornal/Revista enquanto a avaliação pelos pares estiver em andamento. Após aprovado o manuscrito, um autor pode auto-arquivar uma versão de seu artigo em seu próprio site e/ou em seu repositório institucional.
c) O (s) autor (es) declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição e que a Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão e o corpo editorial da Revista Científica do estão expressamente isentos de qualquer responsabilidade sobre o conteúdo do artigo, métodos, técnicas e resultados de sua pesquisa, tendo, assim, finalidade meramente informativa e educativa.
d) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.