O Impacto da Pandemia na Taxa de Incidência de Sífilis Adquirida na Região Sudeste: Uma Análise Temporal

Autores

  • Gabriel Pereira Teixeira IMEPAC - Araguari
  • Maria Fernanda Souza Freitas IMEPAC - Araguari
  • Gustavo Henrique Ramos Vieira IMEPAC - Araguari
  • Vinícius Alexandre Borges IMEPAC - Araguari
  • Ricardo de Avila Oliveira IMEPAC - Araguari

DOI:

https://doi.org/10.47224/revistamaster.v10i19.644

Palavras-chave:

Syphilis; COVID-19 Pandemics; Incidences; Diagnoses

Resumo

A sífilis adquirida, infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, permanece um desafio para a saúde pública brasileira, com aumento expressivo nos casos nos últimos anos. Este estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na taxa de incidência de sífilis adquirida na região Sudeste do Brasil, com foco na população de 20 a 39 anos. Adotou-se um delineamento ecológico, utilizando dados secundários do DATASUS e informações demográficas do IBGE referentes ao período de 2018 a 2022. A análise estatística foi conduzida por meio do software Excel®, permitindo a avaliação de variações temporais e diferenças por sexo. Observou-se um aumento aproximado de 66% na incidência da doença durante a pandemia, com predomínio entre os homens, mas com crescimento proporcional significativo entre as mulheres. Tal tendência sugere um possível enfraquecimento das ações de vigilância e prevenção durante o período pandêmico, além de potenciais subnotificações e dificuldades de acesso ao diagnóstico e tratamento. Entre as limitações do estudo, destacam-se a dependência da qualidade dos dados do sistema de notificação e a ausência de controle para variáveis confundidoras. Conclui-se que a pandemia impactou de forma relevante a dinâmica da sífilis na região analisada, ressaltando-se a necessidade de fortalecer políticas públicas contínuas de rastreamento, educação em saúde e assistência em contextos de crise sanitária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. Anais

Brasileiros de Dermatologia, v. 81, n. 2, p. 111–126, mar. 2006.

Tudor, M. E., Al Aboud, A. M., Leslie, S. W., & Gossman, W. (2024). Syphilis. In

StatPearls. StatPearls Publishing.

Miranda, A. E., Freitas, F. L. S., Passos, M. R. L., et al. (2021). Public policies on sexually

transmitted infections in Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical,

(Suppl 1), e2020611.

Cooper, J. M., Michelow, I. C., Wozniak, P. S., Sánchez, P. J. (2016). In time: the persistence

of congenital syphilis in Brazil – More progress needed! Revista Paulista de Pediatria, 34(03),

–253.

Serra, M. S., et al. (2020). Impact of the COVID-19 pandemic on syphilis notifications in Brazil.

Boletim Epidemiológico de Sífilis, 2020.

Ferreira, M. G., et al. (2017). The resurgence of syphilis and its epidemiology in Brazil.

International Journal of STD & AIDS, 28(10), 987–992.

Rowley, J., et al. (2019). Global prevalence and incidence estimates of chlamydia, gonorrhoea,

trichomoniasis, and syphilis. Bulletin of the World Health Organization, 97(08), 548–562.

Downloads

Publicado

2025-08-08

Como Citar

PEREIRA TEIXEIRA, G.; SOUZA FREITAS, M. F.; RAMOS VIEIRA, G. H.; BORGES, V. A.; DE AVILA OLIVEIRA, R. O Impacto da Pandemia na Taxa de Incidência de Sífilis Adquirida na Região Sudeste: Uma Análise Temporal. Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão, [S. l.], v. 10, n. 19, 2025. DOI: 10.47224/revistamaster.v10i19.644. Disponível em: https://revistamaster.emnuvens.com.br/RM/article/view/644. Acesso em: 10 ago. 2025.