O Impacto da Pandemia na Taxa de Incidência de Sífilis Adquirida na Região Sudeste: Uma Análise Temporal
DOI:
https://doi.org/10.47224/revistamaster.v10i19.644Palavras-chave:
Syphilis; COVID-19 Pandemics; Incidences; DiagnosesResumo
A sífilis adquirida, infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, permanece um desafio para a saúde pública brasileira, com aumento expressivo nos casos nos últimos anos. Este estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na taxa de incidência de sífilis adquirida na região Sudeste do Brasil, com foco na população de 20 a 39 anos. Adotou-se um delineamento ecológico, utilizando dados secundários do DATASUS e informações demográficas do IBGE referentes ao período de 2018 a 2022. A análise estatística foi conduzida por meio do software Excel®, permitindo a avaliação de variações temporais e diferenças por sexo. Observou-se um aumento aproximado de 66% na incidência da doença durante a pandemia, com predomínio entre os homens, mas com crescimento proporcional significativo entre as mulheres. Tal tendência sugere um possível enfraquecimento das ações de vigilância e prevenção durante o período pandêmico, além de potenciais subnotificações e dificuldades de acesso ao diagnóstico e tratamento. Entre as limitações do estudo, destacam-se a dependência da qualidade dos dados do sistema de notificação e a ausência de controle para variáveis confundidoras. Conclui-se que a pandemia impactou de forma relevante a dinâmica da sífilis na região analisada, ressaltando-se a necessidade de fortalecer políticas públicas contínuas de rastreamento, educação em saúde e assistência em contextos de crise sanitária.
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