A Depressão ao olhar da Psicanálise: um panorama histórico e conceitual do mal que afeta a sociedade contemporânea.
DOI:
https://doi.org/10.47224/revistamaster.v10i19.567Palavras-chave:
Depressão; Melancolia; Sociedade Contemporânea; História; PsicanáliseResumo
A depressão consta como uma das principais formas contemporâneas de adoecimento, que se caracteriza por humor depressivo, tristeza profunda, apatia, irritabilidade, diminuição e incapacidade de sentir prazer, labilidade emocional, desânimo e angústia. O objetivo do presente artigo foi fazer uma busca teórica, a fim de investigar e analisar a depressão na contemporaneidade, compreender sua origem e epistemologia a partir de uma investigação panorâmica percorrendo sua historicidade e identificar determinantes sociais que se relacionam com a doença. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, através da consulta de artigos científicos selecionados na base de dados do Scielo e Lilacs, utilizando -se para a busca, descritores como, depressão, melancolia, depressão na contemporaneidade, e uma revisão integrativa que teve como propósito obter profundo entendimento da depressão que se iniciou pela teoria freudiana e contribuições de autores clássicos e contemporâneos que nos permitiram maior abrangência de informações sobre o tema. A partir do estudo, foi possível observar, pensar, discutir, formular e concluir, dentro da perspectiva psicanalítica, a associação entre a melancolia e a inibição enquanto resposta do indivíduo à perda pulsional libidinal que acontece no processamento do luto e como cada aparelho psíquico interpreta o trauma. A depressão e sua relação próxima à clínica das neuroses, que se constitui durante o atravessamento do Édipo, e como forma de sofrimento que ultrapassa o campo biológico se articulando também ao campo da cultura, sua conexão com o tensionamento entre a subjetividade e a realidade, e o imperativo de gozo produzido pelo capitalismo nas sociedades modernas.
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