Novas formas de parentalidade: O Mal-Estar do abandono e o amparo na adoção.
DOI:
https://doi.org/10.47224/revistamaster.v10i19.517Palavras-chave:
ADOÇÃO, MAL-ESTAR, ABANDONO, FAMILIASResumo
Apesar de Sigmund Freud (1929) ter teorizado que o ser humano é um ser desejante e incompleto, e que portanto jamais encontraria a plena satisfação, este tópico ainda é motivo de angústias e frustrações. Muitas pessoas acabam atribuindo à constituição de famílias a expectativa pela plena felicidade, e ainda apostam na concepção de filhos como a chave para o encontro da suposta plenitude. Neste contexto, frente a algumas questões encontradas pelos casais, a adoção torna-se um dos caminhos factíveis para concepção de filhos. Contudo, as novas famílias encontram desafios e responsabilidades, deparando-se, muitas vezes, com o afeto de angústia e a sensação de frustração diante da adoção.
Portanto, o presente trabalho buscou, por meio de uma revisão bibliográfica, avaliar em que medida o abandono e o amparo, na adoção, acentuam ou atenuam o mal estar das novas formas de constituição de família. Ao insistirmos numa família necessária, mas produtora de mal-estar, desejamos deslocar esse modo de enlaçados de perspectivas idealizadas tanto para famílias adotivas quanto para famílias biológicas.
Palavras-chave: adoção; mal estar; abandono; famílias.
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