Novas formas de parentalidade: O Mal-Estar do abandono e o amparo na adoção.

Autores

  • Derik Ferreira de Freitas Centro Universitário IMEPAC
  • Fernanda Pelegrini Marques
  • Maria Eduarda Mota Alves
  • Andre Fernando Gil Alcon Cabral

DOI:

https://doi.org/10.47224/revistamaster.v10i19.517

Palavras-chave:

ADOÇÃO, MAL-ESTAR, ABANDONO, FAMILIAS

Resumo

Apesar de Sigmund Freud (1929) ter teorizado que o ser humano é um ser desejante e incompleto, e que portanto jamais encontraria a plena satisfação, este tópico ainda é motivo de angústias e frustrações. Muitas pessoas acabam atribuindo à constituição de famílias a expectativa pela plena felicidade, e ainda apostam na concepção de filhos como a chave para o encontro da suposta plenitude. Neste contexto, frente a algumas questões encontradas pelos casais, a adoção torna-se um dos caminhos factíveis para concepção de filhos. Contudo, as novas famílias encontram desafios e responsabilidades, deparando-se, muitas vezes, com o afeto de angústia e a sensação de frustração diante da adoção.

Portanto, o presente trabalho buscou, por meio de uma revisão bibliográfica, avaliar em que medida o abandono e o amparo, na adoção, acentuam ou atenuam o mal estar das novas formas de constituição de família. Ao insistirmos numa família necessária, mas produtora de mal-estar, desejamos deslocar esse modo de enlaçados de perspectivas idealizadas tanto para famílias adotivas quanto para famílias biológicas.

Palavras-chave: adoção; mal estar; abandono; famílias.

 

 

 

 

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Publicado

2025-08-08

Como Citar

FERREIRA DE FREITAS, D.; PELEGRINI MARQUES , F. .; MOTA ALVES , M. E. .; FERNANDO GIL ALCON CABRAL , A. . Novas formas de parentalidade: O Mal-Estar do abandono e o amparo na adoção. . Revista Master - Ensino, Pesquisa e Extensão, [S. l.], v. 10, n. 19, 2025. DOI: 10.47224/revistamaster.v10i19.517. Disponível em: https://revistamaster.emnuvens.com.br/RM/article/view/517. Acesso em: 10 ago. 2025.